QUANDO A PRETENSÃO NÃO DÁ DESCANSO

Há um certo tempo eu não praticava um dos meus passatempos favoritos: analisar guias culturais. Eu costumo ligar o meu detector de pretensão no nível turbo. Eu me divirto. Ou não (já diria Gilberto Gil). Vejam o que o aparelho detectou esta semana:

Teatro - o dramaturgo Gerald Thomas (vulgo “fumacinha”) está de volta. Não satisfeito em nos irritar com uma peça, ele decidiu encenar 4 de uma vez. Em uma delas o fumacinha interpreta a si mesmo. A peça chama-se “Asfaltaram o beijo (uma homenagem a Samuel Beckett)”. Thomas e o seu ego juntos? Risco sério do palco ruir com o peso dos dois. Atenção bombeiros!

Música - Zeca Baleiro (por que não convidam esse cara para fazer comercial das balas Juquinha?) está lançando o disco com o nome mais cretino até o momento: “Ode descontínua e remota para flauta e oboé, de Ariana para Dionísio”. Meu professor de semiótica teve estar morrendo de inveja.

Música (ou algo parecido com isso) 2 - Wanessa Camargo está estrelando o espetáculo “Era uma vez...” Dizem que é uma mistura de teatro com show. E é dirigido por Marília Pêra. Ah, e tem 11 bailarinos no palco. Acho que sonhei com isso alguma vez. E acordei gritando.