sábado, janeiro 06, 2007

O AMYR KLINK DO REVEILLON

Você deve ter estranhado a minha ausência nesses dias. Eu estava viajando, Juquinha. E, por isso, essa matéria sobre o reveilon entrou atrasada. Sossegue, estamos de volta (que azar, hein?).

A maior declaração de amor que um paulistano pode fazer uma cidade como São Paulo é abandoná-la nos feriados. Imagino que ficar nela signifique exatamente o contrário. Pois é, fiquei em São Paulo no reveillon. Fiquei por aqui com um instinto meio Amyr Klink, de curtir cenários inóspitos. A cidade fica mais vazia do que fã clube heterossexual do Village People. Com a companhia da senhora Carrilho, me isolei em um hotel próximo à Avenida Paulista, a principal da cidade. Dessa forma, eu poderia observar os costumes dos nativos desse estranho território abandonado com uma distância segura.

O hotel atrai vários corredores da São Silvestre. Ainda vou fazer uma matéria sobre esse troço, pois não consigo entender o que leva um cidadão a passar o último dia do ano correndo e suando na rua, enquanto a maioria se entope de panetone. Dei o maior apoio aos atletas: enquanto eles corriam, eu enchia a cara de cerveja na piscina. Quem viu a corrida (alguém tem saco para isso?) deve ter notado que choveu às pampas por aqui. Sem problema. Fui de guarda-chuva para a piscina. Paulistano que é paulistano não perde a chance de curtir uma água, mesmo passando ridículo.

Ficar no hotel me deu mais conforto do que passar na praia e correr o risco de pisar em agulhas de seringas, cocô de cachorro ou poetas pós-modernos, essas coisas que surgem boiando na água. E também me livrei de trombar com a turminha que emporcalha a praia com oferendas para Iemanjá. O mais próximo que eu cheguei disso foi levar manjar para a banheira (Iemanjá, manjar...praia, banheira..Sacou a piada?Hein, sacou???).

Outro evento importante no reveillon paulistano foi o show da virada. Que eu curti da maneira correta: a uns bons quilômetros de distância, na segurança de uma varanda. Não consigo me misturar a um povo que topa tomar chuva para ver shows de Calypso, KLB e afins como programa de reveilon. Aliás, desconfie de uma administração municipal que traz a Rita Lee para dar show como “presente” de ano novo.

Mas se você acha que passar o ano novo em Sampa é um programa de índio, pense no seguinte: teve gente que foi para Brasília para ver a posse do presidente. Isso sim é uma idéia de merda...

12 Comments:

Anonymous Anônimo said...

http://uniaoeacao.blogspot.com/

Vamos lugar pela 3ª via na Camara

sábado, janeiro 06, 2007  
Anonymous Anônimo said...

Moro no interior, portanto, joguei minha garrafinha com um pedido de SOCORRO aqui num corguinho memo. Fui dormir, sem LEXOTAN, e nem ouvi nadinha. Quando acontecer alguma coisa, avise.

domingo, janeiro 07, 2007  
Anonymous Anônimo said...

Walter,

Que bom que seu reveião foi bom. Como você preferi ficara contemplar de longe o desfile de futilidades.

Bom retorno e um abraço.

domingo, janeiro 07, 2007  
Blogger Ane Brasil said...

Caraca, encontrei alguém que fez um programão mais indígena que o meu!
Rapá, pior que sampa no ano novo só mesmo Porto Alegre... é tão ruim, mas tão ruim que nem tem do que reclamar....
E sem contar que portoalegrense, qdo vai pra praia pega engarrafamento monstro, paga os tubo de pedágio, chega lá é um esgotão a céu aberto, uma água barrenta e umas ondas enormes... e ainda sempre pinta um cunhado encostado pra ir junto...
Sorte e saúde pra todos!
E feliz 2008!

domingo, janeiro 07, 2007  
Anonymous Anônimo said...

Primeira postagem boçal do ano, primeiro (é o primeiro?) comentário idiota do ano.
Como sempre, muito sagaz, instrutivo e nutritivo.
Mas, uma pergunta me ocorreu: Por onde entrou a colher com o pudim (era um pudim, não?)?

domingo, janeiro 07, 2007  
Anonymous Anônimo said...

Carrilho, compartilho este sentimento de imensidão azul e solitária... Azul porque eu gosto de azul. Solitária porque a universidade está ôca! todo mundo está na praia mas, o Mago aqui, já voltou. Ah, se já! Feliz 2007!

segunda-feira, janeiro 08, 2007  
Blogger Serjão said...

Mas a posse do Homem se justifica pela babação de ovo. Só mesmo sendo parte interessada para ir até Brasília pegar chuva. Mas a São Silvestre realmente é inacreditável. O sujeito tem 365 dias do ano pra correr e decide fazê-lo justamente quando deveria ficar com a família comendo rabanada. Tem gosto para tudo. (Há um ditado português que justifica este negócio de ter gosto para tudo mas não posso dizer neste horário)(rs)

Abração

segunda-feira, janeiro 08, 2007  
Blogger Ricardo Rayol said...

Walter, isso que eu chamo de programão de indio mas como foi como explorador dou um desconto... Mas foi melhor do que ir a Brasilia mesmo...

Quanto a tal blogagem coletiva dou força pra Suzy sim mas só se for pra sacanear muito a eleiçãoa para a pocilga

terça-feira, janeiro 09, 2007  
Anonymous Anônimo said...

Bah, pior que a cidade nem tava tão vazia assim...

quarta-feira, janeiro 10, 2007  
Anonymous Anônimo said...

Cara,

Essas festas, shows e posses são para tirar a URUCA do ano que ficou para trás (cabe um trocadilho aqui!)...

Num há encosto que resista a isso!!!

[]s e até o Carnaval!!!

quarta-feira, janeiro 10, 2007  
Blogger Saramar said...

Menino, você é um sábio!

beijo

quarta-feira, janeiro 10, 2007  
Anonymous Anônimo said...

O bom d SP...é q em vez d pular ondas, vc pode pular crateras de desmoronamento de metro!

hiahiahahauiahiaa

abraçao walter!

domingo, janeiro 14, 2007  

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