domingo, abril 15, 2007

SOLUÇÕES PARA AS BALAS PERDIDAS

Essa história de bala perdida já me encheu os cornos. Está na hora de colocar ordem nas coisas. Eu concordo com o comediante americano Chris Rock. Para acabar com o crime, o negócio é cobrar caro pelas balas. 5 mil dólares por projétil e a bandidagem vai pensar duas vezes antes de dar os seus pipocos. O problema é que a polícia, que mal tem grana para comprar pneus, acabaria apelando para estilingues na luta contra o crime. Esquece a idéia.

Guarde o que eu digo: o governo, com a sua mania de inventar soluções eqüinas para questões sérias, ainda vai tentar encontrar uma saída “inteligente e definitiva” para essa onda de balas perdidas. Por “inteligente e definitiva” entenda-se o seguinte: um projeto mongolóide. Como “cadastramento de balas”, talvez. Seria uma espécie de CPF, com foto e tudo. Isso se ainda não criarem uma “Secretaria Especial das Balas Extraviadas e da Cidadania”, com orçamento anual de 2 bilhões de reais – e com direito a PMDB brigando pela posse.

Sei lá, que tal instalar uns balcões de informações especializados no assunto? Ou podemos fornecer crachás de identificação. Coisa do tipo: “Oi, eu sou uma bala de AR15”. Espalhar cartazes com fotos de balas perdidas também é uma boa: “Bala de 38 desaparecida. O dono, traficante ligado ao comando vermelho, está sofrendo, não come mais. Gratifica-se bem”

É isso. O pior das balas perdidas é a ansiedade que elas causam. Ao determinar os alvos antecipadamente, a gente pelo menos organiza o caos. “Atenção bala de revólver calibre 32: uma velinha está te esperando para ser atingida no saguão de entrada”.

Ei, que tal instalar GPS nas balas? Naaaaa, já é um pouco demais....

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10 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Bala, para mim, só as "Juquinha" ou 7belo.

domingo, abril 15, 2007  
Blogger Ricardo Rayol said...

Uma coisa é certa, se tiver endereço muita gente vai se desestressar

domingo, abril 15, 2007  
Blogger Santa said...

Walter querido,

Cada um com seu cada um...Você com o livre mercado da bala perdida e eu, aqui, com empresas de matador de aluguel. E a indústria brasileira da morte em alta.

Bjs

segunda-feira, abril 16, 2007  
Blogger Serjão said...

A Veja Rio desta semana traz várias páginas sobre balas perdidas. Uma coisa assustadora. Ainda bem que em SP não tem isso.

Abraços

segunda-feira, abril 16, 2007  
Blogger Blogildo said...

Parafraseando o próprio C.Rock: Já pensou? Com um bala custando 5 mil dólares?
Fulano morreu com quinze tiros na cara!
Caraca! O Fulano deve ter merecido!

segunda-feira, abril 16, 2007  
Anonymous Anônimo said...

Walter vc esqueceu o que todo bom anuncio de alguma coisa perdida tem :
as palavras "Crianca doente".

Sempre vejo assim "Procura cachorro tal. Atende pelo nome de tal. Crianca doente"

Ai o doente pode ser doente, mas geralmente o doente significa doente por causa da perda.

Para que os caras que fazem faixas(coisa proibida agora em SP), tem um template de faixa para animal desaparecido, onde so falta por o nome e ja vem com a frase "crianca doente".

segunda-feira, abril 16, 2007  
Anonymous Anônimo said...

É legal como você disse, que todo tipo de secretaria ou algo do tipo que seja idiota ou sem sentido tem palavras como "cidadania" e "inclusao" no nome.

segunda-feira, abril 16, 2007  
Blogger @David_Nobrega said...

Com as soluções asininas, pode aparecer um aspone com a brilhante idéia de tornar obrigatório o uso de colete de kevlar e capacete....mas nunca tentar dominar a bandidagem.

segunda-feira, abril 16, 2007  
Blogger Walter Carrilho said...

David: david, que baita idéia!!!Obrigar o uso de colete vai dar uma agitada no setor de importados...Pode apostar, vai ter deputado criando essa lei.

segunda-feira, abril 16, 2007  
Blogger Esther said...

Vou te falar algo misto de esotérico e espiritual ( ou pensava que eu só fazia gracinhas? ). Não existe bala perdida!!!

segunda-feira, abril 16, 2007  

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