quinta-feira, dezembro 27, 2007

FÉRIAS

Leitores, sinto muito: vou pegar uns dias de folga. Isso significa que vai ser difícil escrever posts enquanto estiver enxugando cervejas sob um sol de 40 graus. Pode demorar até eu ter tempo e saco para moderar comentários. E eu posso parar no hospital para tratar uma insolação. Enfim, não estranhem. As coisas vão ficar meio paradonas até eu retornar.

Trarei algumas notícias bombásticas quando voltar. Comportem-se, mas não muito. E digam para a Preta Gil relaxar, pois vai ter um blogueiro a menos para avacalhar com as suas tradicionais presepadas.

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segunda-feira, dezembro 24, 2007

VOCÊS ENTENDEM... É NATAL, CERTO?

Tem filme novo para comentar: “Os Porralokinhas”, um troço que parece ganhar dos filmes da Xuxa no quesito “puta merda!” Tenho um monte de piadinhas cretinas sobre papai noel de saco cheio para soltar e comentários nada elogiosos para tecer sobre aquelas senhoras mongas que atravancam as lojas com suas 35 sacolas de compras.

Enfim, esse natal é um prato cheio para um jornalista boçal. Mas titio Walter está mais preocupado com o chester, as garrafas de vinho e aquele gordo barbudo que vai ter enormes dificuldades para encontrar uma chaminé no meu apartamento. É natal, manjam? Os leitores que me perdoem, mas só vou escrever mais posts cretinos depois que digerir o último pedaço de pavê.

Papai Noel, cansado das filas nas Casas Bahia, decide mostrar como se recheia um peru.

Larguem o computador, encham os copos de Lambrusco e entupam o estômago com carne gordurosa. É natal, caceta. Um feliz natal e um belo peru para todos. Menos para o Maluf. Esse eu quero mais é que se foda.

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sexta-feira, dezembro 21, 2007

EU LI O LIVRO DA MÔNICA VELOSO!

Descobri um jeito de ajudar a humanidade. Minha missão é evitar que desavisados sejam contaminados por livros ruins. Pode haver alguém com a tola expectativa de encontrar alguma informação útil em “O Poder que Seduz”, de Mônica Veloso. E é por isso que descolei o livro para dar uma folheada (ler o livro todo? Nem morta, santa!).

Segundo a autora, a obra serve para “mostrar, por inteiro, quem é Mônica Veloso” (“Ela já não fez isso na Playboy?”, pergunta alguém no fundo da sala). A outra função do livro é, supostamente, exibir “o controverso modus operandi da política brasileira, percebido por uma jornalista”. Se você quer entender o tal “modus operandi” é melhor bater papo com um taxista. O livro é tão vazio quanto o congresso no domingo. Na página 41 ela comenta a sua decisão de cortar o cabelo quando trabalhava como apresentadora de telejornal: “A franja evoluiu para um topete modelo Itamar Franco, até ficar bonitinha novamente.” Não é IN-CRÍ-VEL? Outra passagem “reveladora” que mostra um enorme poder de análise sócio-comportamental: “Por meio da roupa é possível analisar uma pessoa, um povo.” Parem as prensas!

Titio Walter dá uma sugestão: o livro pode servir para enriquecer uma ceia, pois fornece caldo de “perua”. Cuidado para não engasgar com o excesso de adjetivos.

E se você quer detalhes sórdidos do caso com o Renan, uma decepção: o senador só começa a ser citado na página 118! E sem nenhuma revelação de impacto – a não ser que você esteja louco para saber qual era a música favorita do Renan durante o affair (a propósito: era “Marinheiro”, interpretada por Adriana Calcanhoto. Não é DE-MAIS?) Ela merece um voto de louvor pelas tentativas de dar um contexto romântico à história. Quando descreve o jantar em que conheceu Renan, ela lembra do “vento agitando as cortinas” e do “barulho de cristais”. Lindo. Mas, convenhamos, alguém aí consegue imaginar uma cena romântica com o Renan Calheiros? “Amei Renan loucamente” diz ela. É, tem que ser louca mesmo....

O livro não está fazendo muito sucesso. Ou seja, em breve, teremos o disco “Mônica Veloso interpreta Cazuza”. Quer apostar?

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quinta-feira, dezembro 20, 2007

PENSAMENTOS DO CARRILHO: ÍNDICES

Saiu aí nos jornais: o Brasil subiu um degrau e passou a ser a 6.ª economia do mundo. O que me faz concluir que a máxima “Não importa o tamanho, mas sim o prazer que ele proporciona” pode deixar de ser aplicada às questões sexuais para se tornar um raciocínio econômico. Ter um PIB grande e mal distribuído é como ser um John Holmes broxa.

PS: amanhã, se Deus quiser e a torcida ajudar, teremos a resenha do livro da Mônica Veloso. Agüenta, torcida brasileira!
PS2: "Tio Walter, o que a espiga tem a ver com o PIB?" A mesma coisa que o bambu tem a ver com o Sílvio Santos.

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segunda-feira, dezembro 17, 2007

É PARA MATAR OU NÃO?

Sábado de madrugada. Passava das 3 horas. Chego em casa mortão. Tento dormir. De repente, as janelas do meu apartamento, localizado no sexto andar de um prédio antigo e sólido, começam a vibrar. Terremoto? Não. Era um sujeito que havia parado o seu carro em frente a um prédio do outro lado da rua para deixar um amigo em casa. Funk carioca no último volume. O nível de ruído perdia fácil para a passagem de um Boeing. O refrão, cantado com a característica voz de hiena estressada, era mais ou menos assim:

“MAMA QUE EU TÔ CARENTE!
MAMA QUE EU TÔ CARENTE!
SÓ NÃO VALE USAR OS DENTES! “
*

E aí eu pergunto: se eu falar em pena capital para casos desse tipo vão me chamar de “radical”?

Vou comprar uma Uzi. Charles Bronson estava certo.
*Corrigido pela leitora Vanessa. Alguém sabe o nome da "obra"?

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sexta-feira, dezembro 14, 2007

REZA AÍ, SASHA!

A revista Contigo, essa “who´s-who” da boçalidade nacional, fez uma cobertura completa da primeira comunhão da Sasha *, a filha da Xuxa (meu trava-língua preferido). E com direito a descrição completa de cada detalhe – entrevistaram até o “banco de esperma ambulante” Luciano Szafir, coitado.

Fico contente em ver que a Sasha tem fé. Ela vai precisar. Se eu fosse você, Sasha, começava a rezar pra valer. Inclua aí nas suas preces:

-Pedir para não ficar igual à sua mãe, que é católica, mas acredita em duendes.
-Pedir para conseguir arranjar um namorado logo, ao invés de ficar anos lamuriando na mídia à procura de um príncipe encantado.
-Pedir para não ter que crescer ouvindo Ilariê. Até um disco dos “Rebeldes” é melhor.
-Pedir para aprender a falar normalmente, sem aderir ao xuxês.
-Pedir para poder viver sem ter que confiar até as mínimas decisões a uma nova Marlene.
-Pedir não se tornar uma neo-ambientalista-chata-de-butique como a mãe, que fala com bichinhos, mas que obviamente tem uns pares de sapatos de couro no armário.

Sugestão? Compre os cds dos Racionais, tatue um palavrão na nuca e infernize a vida da sua mãe. É isso ou virar uma Barbie animada pelo resto da vida.

*A dica da notícia foi enviada pelo leitor Dárcio Duarte. Valeu, Dárcio!

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quinta-feira, dezembro 13, 2007

E AÍ, WALTER? COMO É QUE FICA?

Blogueiros como eu não ganham nem um puto ao escrever. Logo, somos obrigados a ter profissões de verdade (blogar é uma profissão?) E isso faz com que patetas atrapalhados como eu às vezes tenham dificuldades em atualizar um mísero blog. Desde segunda-feira sem nem um post? Que vergonha, Walter!

Estou devendo a resenha do livro da Mônica Veloso (sério, é uma coisa de louco, aguardem...) e uma porrada de outras coisas, como o meu ensaio sensual (leitoras do meu Brasil, não pensem que eu me esqueci).

Mas hoje estou atropelado. Novidades? Só amanhã. Enquanto isso, leiam essa notícia chocante: Robôs sexuais serão melhores amantes do que os humanos.

Literalmente, fodeu. Ou não.

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segunda-feira, dezembro 10, 2007

O LIVRO DO CAETANO ENCONTRA O SEU FIM

Caetano Veloso realmente desperta paixões. José Miguel Wisnik, por exemplo, qualquer dia compra um barraco e vai morar com ele. Mas aqui, no blog, a paixão é outra. Os leitores amam, a-do-ram sacanear o arauto do agreste. A enquete “Que fim você daria ao livro 'Verdade Tropical', do Caetano Veloso?” teve uma participação recorde. Mas os leitores também mostraram gostar muito dos nossos congressistas. Vejam o resultado final arrasador :

Que fim você daria ao livro "Verdade Tropical", do Caetano Veloso?

-Iniciava uma campanha terrorista e mandava para o congresso - 47,21%
-Dissolvia com ácido - 25,28%
-Tacava fogo - 22,30%
-Metia a tesoura - 5,20%

Alguns leitores foram mais longe e sugeriram que o livro fosse cortado, incinerado, dissolvido e SÓ ENTÃO enviado para o congresso. Eu já estou embalando a bagaça e enviando para Brasília. O problema é que os congressistas adoram descolar uma desculpa para fazer corpo mole. Já estou vendo a canalhada trancando a pauta para “discutir” o livro, talvez alguém sugira uma comenda ao “poeta”, sei lá.


O único problema dessa enquete é que eu não posso fazer com o PRÓPRIO CAETANO o que eu sugeri fazer com o livro. Seria divertido dissolver o sr. “Gosto muito de te ver leãozinho” com ácido... E para aqueles que lamentam a minha falta de coragem para terminar de ler a obra, não se preocupem. Já pedi emprestado o livro da Mônica Veloso e, em breve, farei os meus comentários. Sim, Juquinha, jornalista de verdade gosta é de botar a mão na merda.

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sexta-feira, dezembro 07, 2007

A XUXA ASSUSTA

O Bin Laden quando quer espalhar o medo anuncia os seus atentados com muita antecedência. A Xuxa está aprendendo com ele. Já está divulgando o seu novo filme, “Sonho de menina”, que só vai ser lançado no dia 21 de dezembro. Saca a sinopse: Xuxa interpreta uma professora do interior que sonha em ser apresentadora de TV. Um feitiço faz com que ela volte a ser criança. Pausa para você suspirar, leitor.

Não, não é engano seu: 90% dos filmes da Xuxa envolvem uma personagem humilde que sonha em ser modelo, dançarina, cantora, etc. No dicionário de profissões da Xuxa não existe espaço para carreiras inúteis como médica, advogada, essas merdas de trabalhos que não rendem fotos da Contigo. Ela tem síndrome de novela mexicana: a mocinha só se realiza quando posa diante de uma limusine.

Já sobre o autor da sinopse, uma suspeita: já é possível adestrar um guaxinim para escrever. É isso ou a Sasha também está se metendo a ser roteirista, além de bailarina, modelo e egocêntrica. Ah, e antes que eu me esqueça: o filme tem mensagens ecológicas, um troço que está virando uma espécie de Amway da lavagem de consciência. Desconfio que deve haver uma lei de incentivo especial para filmes com mensagens desse tipo. Virou praga.

Xuxa, mensagens ecológicas e atores mirins. Você consegue imaginar programa melhor para se fazer em um domingo? Eu pensei em velório, e você?

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terça-feira, dezembro 04, 2007

UM DIA AINDA VÃO INVENTAR DETEFON PARA ELES

Um amigo meu cunhou uma frase ótima: “Tem um milhão de pessoas que eu gosto e admiro. O problema são os outros 6 bilhões. Esses atrapalham.” Concordo. Esses outros humanos estão aumentando exponencialmente. Por mais que eu tente ser otimista, há sempre cretinos se esforçando para que eu perca a esperança na humanidade. Aqui vai um exemplo grátis:
Fui pesquisar dados em um balcão de atendimento de um ministério e, ao pedir algo prosaico como “posso anotar essas informações?”, tive que ouvir a seguinte frase: “Você vai fazer eu perder o meu tempo!”, como se a cretina estivesse ali por alguma outra razão além de atender pessoas como eu, que esperam 1 HORA para falar com alguém – pasmem, ela se recusou a imprimir os dados, mesmo estando diante de uma enorme impressora (que deve servir apenas para ela imprimir os seus e-mails, imagino).
Para aquele pedaço mal amado de carne finalmente cumprir a sua função eu tive que explicar com fúria contida o óbvio: eu estava ali por obrigação, com base na sugestão de uma outra funcionária do mesmo setor. Não expliquei que ela era paga para “perder tempo” porque anotar os dados era mais importante do que dar aula de civilidade para energúmenos. Enquanto ela fazia o esforço de fornecer um papel para eu anotar o que era preciso, eu me aliviava rascunhando mentalmente 82 formas de matar aquele indivíduo. Você não pode desacatar funcionário público, dá multa e cadeia, mas sonhar em ver algum deles cozinhando lentamente em banho-maria você pode.
E aí temos um problema: eu conheço vários funcionários públicos dedicados que cumprem a sua tarefa com enorme profissionalismo. Mas eles são eclipsados por aglomerados de bosta como o ser que me atendeu. O raciocínio também funciona para toda a humanidade. Nós todos vamos levar a culpa se uma civilização alienígena quiser fazer contato conosco.
Quer mais? Nesse fim de semana eu fui a hospital veterinário levar um animal doente *. Pude conversar com várias pessoas que estavam lá com seus animaizinhos. Entre elas, uma senhora com um coelhinho paraplégico. Ela me explicou que o filho de um vizinho havia atingido o coitado com um disparo de espingarda de chumbo. O que fazer com abortos ambulantes desse tipo? Dar um tiro no saco? E que punição dar ao pai mentecapto que dá uma espingarda de chumbo para um moleque? Crucificação foi o mais leve que me passou pela cabeça.
A evolução das espécies às vezes se dá de forma violenta. São eles, os cretinos, ou nós. Eu já escolhi a minha facção.
*A tentativa não foi bem sucedida e eu, de luto, chego a uma conclusão: a vida de um animal vale mais do que a de muitos seres humanos escrotos que estão por aí.

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VOTAÇÕES

Você ainda pode votar na enquete “Que fim você daria ao livro "Verdade Tropical", do Caetano Veloso?”. Basta responder ao questionário que aparece no lado direito do blog.

Mas tem mais enquetes importantes por aí: o Serjão, que ainda vai receber uma proposta de emprego indecente da Walter Carrilho INC., elege semanalmente o “Bundão da semana”. Mas agora ele pede ajuda aos leitores para escolher o Bundão do ano 2007. Dê um pulo no blog dele e vote. Mas aviso: o páreo é duríssimo. Fiquei em dúvida. Aproveite e leia o resto do blog, que o Serjão tem uma pena pra lá de envenenada.

E na comunidade "Eu leio Walter Carrilho” do orkut", você vota na seguinte enquete: “No elevador estão Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gal Costa e Gilberto Gil. Quem peidou?”. Se você ainda não faz parte da comunidade, aproveite, que ela está ressuscitando.

Fala a verdade: não é mais legal votar em enquetes desse tipo do que eleger político?

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domingo, dezembro 02, 2007

PEÇA PARA O NOEL

Simone tocando no supermercado, velhinhos barbudos torrando em jalecos vermelhos e neve nas vitrines (um lance surrealista que rola nessa época, já perceberam?). Sim, que saco, é natal de novo. Você entrou no amigo secreto, vai ter que abraçar o chefe que te odeia e desejar “boas festas” para o zelador que te dedura pro síndico. Já que é obrigatório dar presentes, siga algumas dicas do titio Walter. E esqueça o livro da Mônica Veloso: não tem nenhuma revelação e muito menos fotos dela pelada.

Por 1,99 você compra o copo dos Jogos Panamericanos 2007. Dê para aquele seu amigo que ainda usa a camisa “Brasil Hexacampeão” que ganhou na última copa. Tá rolando um encalhe monstro por aí. Peça já na loja do seu coreano muquirana preferido. E não estranhe: a foto ficou ruim porque foi tirada com um celular. Mas, acredite: ao vivo o troço é mais feio e vagabundo.

E se você quer um presente inteligente, peça para alguém lançar o War in Rio *, um lance genial que o designer carioca Fábio Lopez bolou. Tô pensando em comprar um e dar para o Sérgio Cabral. Ele vai adorar. Sugestão para uma sacada de marketing: vender o jogo com o kit “Fala, feladaputa”, que inclui cabo de vassoura e saco plástico. É para a petizada barbarizar.


Boas compras. E não se esqueça: “Sidra é Cereser!”

* Sim, eu sei, um monte de blogs deu o link antes. Mas eu sou assim mesmo, como o Brasil: o último dos primeiros. Eu já disse: eu não vivo de escrever em blog, mané.

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