terça-feira, abril 29, 2008

FOTOS QUE (NÃO) DIZEM TUDO

Como ninguém percebeu essa foto publicada na capa da Folha de São Paulo na semana passada? Você escolhe a legenda mais adequada:

Foto de Lula Marques/ Folha Imagem

-“Tá bom, vamos ver quem tem o maior bilau”

-Fernando Collor ganha a competição de alongamento por um nariz de vantagem

-“Porra,FHC, falei para não abusar do acarajé! Agora quem vai limpar essa merda?”


Três ex-presidentes reunidos? Devia ser dia de bingo...

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quinta-feira, abril 24, 2008

NINGUÉM SEGURA ESSE PAÍS

Bacana: temos petróleo, astronauta e, olha só que coisa, agora temos terremoto, também. Podre de chique. Dá até para fingir que somos do Primeiro Mundo. Agora a Onu vai ter que arregar e nos dar uma cadeira no conselho de segurança. Somos gente grande, somos auto-suficientes e a babá já pode nos deixar assistir tv até tarde.

Ok, 80% da população ainda não consegue falar “auto-suficientes” sem soltar perdigotos, mas estamos quase lá. Falta nevar, também. Aquelas geadas de Passo Fundo não contam. Povo que não usa casaco de mink não entra no clubinho. Atenção: levantem o dedinho na hora de beber champanhe. E tentem não engasgar com o foie gras. O gosto é esquisito, mas depois vocês acostumam.

Ainda temos que desenvolver terremotos de verdade, daqueles que matam pelo menos umas 100 pessoas. Senão fica parecendo falsificação paraguaia. Sem uma tragédia decente não rola manchete na CNN, sobra só o Geraldo Luís, apresentador do Balanço Geral (aquele telejornal com anfetaminas da Rede Record), fazendo micagens e gritando “Balança, Brasil!”. Porra, dói nos ouvidos.

PS- Céus, dois posts com imagens da Carla Perez! Rezar o pai-nosso 100 vezes não vai me livrar desta vez...
PS2- Eu sei, eu sei. Muitos de vocês pensaram:"Tremor de terra, Preta Gil..." Ah, mas que desalmados...

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quinta-feira, abril 17, 2008

QUERO MAIS BUNDAS NO CINEMA

Eu achava que um filme do Daniel Filho por ano era o suficiente para provocar desastres ambientais, mas estava enganado: vão refilmar o filme “O Menino da Porteira”, clássico do chororô sertanejo de 1977. O filme original era estrelado por Sérgio Reis. A nova versão terá o cantor Daniel (gritem comigo: MEU DEEEEEUS!). Os produtores devem ter uns créditos de carbono sobrando, só pode ser.

Eles alegam que o filme original atraiu mais de 4 milhões de espectadores. Grande merda. Não devemos nos impressionar por qualquer número. A escravidão “atraiu” mais de 5 milhões de africanos para o Brasil e nem por isso eu acho bacana revivê-la. Mas não se enganem: não vejo nada de errado em refilmar um filme popular. Melhor isso do que refilmar qualquer coisa do Jabor. Seria difícil achar um novo Paulo César Pereio para falar “Porra!” 200 vezes.

Mas, na boa, seria melhor recuperar as pornochanchadas. Para quem é novo demais para ter visto a Helena Ramos de peitos de fora, fica a explicação: as pornochanchadas eram filmes dos anos 70 com péssimos atores, roteiros idiotas e mulheres peladas a cada 10 minutos. Ou seja, mais ou menos parecido com as novelas de hoje, mas com um volume maior de ternos de tergal. As pornochanchadas foram essenciais para a formação sexual da garotada da época. Aprendíamos coisas importantíssimas, tais como:

"Ao entrar em um motel, verifique se não tem ninguém embaixo da cama. Você corre o risco de, no meio da transa, ouvir o Costinha dizendo Unhaaaaau!"

Podiam refilmar “Aluga-se moças”, o debut cinematográfico da Gretchen. Seria legal aproveitar para consertar o erro de concordância do título, que tal? Refilmagens são ótimas para ajudar atrizes que estão meio caídas - o termo “caída”, no caso da cantora, tem mais de um sentido...

Mas eu só vou ficar preocupado de verdade quando alguém se meter a refilmar os filmes do Mazzaropi com o Tom Cavalcante. Aí será o sinal definitivo do apocalipse, pode crer.

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sexta-feira, abril 11, 2008

É PIOR DO QUE DENGUE

A idéia de fechar as fronteiras do Rio de Janeiro para evitar a propagação da dengue é uma boa. Podiam estender a medida e evitar a propagação do funk e do Miguel Falabella. É chato, mas às vezes o jeito é ser radical. Se tivessem fechado as fronteiras da Bahia quando surgiram os primeiros sinais de Daniela Mercury, o axé não teria se propagado pelo país.

Uma reportagem recente da Folha de São Paulo revelou que das 10 músicas mais tocadas em shows do ano passado, 9 eram axé. Isso sim é epidemia. Dengue é pinto perto do axé. A vítima fica desavergonhadamente mexendo gostoso, balançando a bundinha” em locais públicos. O resultado vocês já sabem qual é.

O mosquito transmissor do Axé, Carla Perez, pode ser identificado pelo excesso de silicone na bunda e pelas doses de tintura no cabelo.

Axé faz as pessoas perderem a noção. O garoto bombado que luta jiu-jitsu e tatua “sou do mal” na nuca, perde as estribeiras ao som de algo como “E sobe, desce, bole mãe, desce, ela sobe, desce, ela bole, mexe”*. Depois disso acaba espancando empregadas para recuperar a masculinidade. Compreensível.

O governo poderia fazer campanhas de prevenção. Ao invés de tombar pneus e fechar poços, basta deportar o Araketu e enterrar o Carlinhos Brown. A Ivete Sangalo a gente isola em um programa da Xuxa (o que é pior do que deportação).

De resto, Axé, para mim, é música de adestramento de cachorro: Abana o rabinho, levanta a patinha”, manja?

* A “poesia” é da Cláudia Leitte. Sim, eu também acho lindo!

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quinta-feira, abril 03, 2008

E AÍ? PAROU? NÃO... (ACHO) QUE NÃO.

Juquinha, eu confesso: quase parei mesmo. Mas aí eu vejo comentários sobre o novo disco do Ney Matogrosso e um clipe do Caetano... não sei, bate aquela obrigação cívica de fazer algo. Vamos ver...

O que fez com que Titio Walter (quase) abandonasse esse blog:

-Dinheiro: meu trabalho oficial como jornalista já me dá dinheiro suficiente para comprar vinho decente com regularidade. Mas capitalismo é foda: enquanto não comprar o meu Jaguar eu não sossego. Apareceu trabalho extra bem pago e, na boa, entre digitar por prazer e digitar por dinheiro, adivinha o que escolhi? Ok, podem me chamar de prostituta. Mas aviso: eu devo ficar um horror vestido de minissaia.

-Acessos: Titio Walter tem um espaço cativo como colunista da Fábrica de Quadrinhos, site com mais de 2 milhões de acessos mensais. E, incrível, uma parte razoável deles topa ler as bobagens que eu escrevo. E, olha, sinceridade? Titio Walter não acredita naquele papo de que “Não importa o tamanho, mas sim o prazer que proporciona”. Ok, podem me chamar de metido. Mas eu conferi as minhas pregas e elas estão em ordem.

-Projetos: Titio Walter está envolvido em dois projetos que trazem perspectivas mais concretas de dinheiro e reconhecimento. E preciso dedicar tempo a isso. Ok, podem me chamar de egoísta. Esse pecado não está entre os sete capitais, então foda-se.

-Blogosfera (argh!): o mundo dos blogs está ficando um cacete. Egos inflados, uma tara pelas esmolas da monetização, competição panaca digna de consórcio de automóveis e aquele povo que escreve “Amanhã vou pra Ubatuba”, esperando que os leitores babem imaginando as fotos. Ah, vão pro inferno. Blog é como banana de feira: tem às pencas e se compra com moedas. Mais humildade na turma faria bem.

-Prazer: é divertido defender o jeito boçal de blogar. Mas o Ronaldo Ésper curte um prazer que é, digamos, geometricamente oposto ao meu, se é que me entendem... Logo, quem sou eu para discutir o que dá prazer? Sim, tem aqueles recalcados que ficam deixando comentários revoltadinhos (não comem a secretária do diretório acadêmico e dá nisso: ficam putos com o mundo). Eu me divirto um bocado esculachando infelizes desse tipo, mas aí eu penso que seria melhor receitar Gardenal para esses otários e minha consciência dói. Ok, podem me chamar de...ah, vocês decidem como preferem me chamar. Não sendo Patrus Ananias, tá limpo.

Enfim, decidi fazer o seguinte: menos posts, mas a mesma babaquice. Talvez um por semana, ou um a cada nova capa com a Suzana Vieira na Caras (é uma por quinzena, podem conferir). Mas tem uma condição: vou continuar escrevendo com desleixo, de forma politicamente incorreta. Se parar é porque entregaram o Jaguar.

Agradeço as mensagens de estímulo que venho recebendo. Deve ter um lugar no céu para vocês. Podem crer, deve ser logo ali, ao lado do Mussum.

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