domingo, fevereiro 21, 2010

ME ENTUPINDO DE CHORIZO

Desculpem, leitores, mas estou fora do Brasil. Estou na Argentina a trabalho, sem tempo para escrever bobagens decentes. Mas na semana que vem eu estou de volta. Eu ou o que sobrar de mim.

Juizo e usem camisinha.

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

O CÓDIGO DJAVAN

O livro “O Símbolo Perdido”, de Dan Brown tem vendido horrores. O que muita gente não sabe é que o autor de sucessos como “O Código DaVinci” já está produzindo um novo best seller: “O Código Djavan”. Na história, o pesquisador Robert Langdon vem ao Brasil descobrir quem matou a MPB. E todas as pistas estão espalhadas em músicas do Djavan.

A história promete. O herói do livro é um sujeito que está acostumado a decifrar códigos matemáticos, charadas, etc. Mas ele sua frio diante de letras como “Pétala”:

“Asa do meu destino
Clareza do tino
Pétala
De estrela caindo
Bem devagar”


A trama leva Robert a uma conspiração engendrada pela sociedade secreta “Odara ou desce”, liderada por Caetano Veloso. Formada por pessoas como Lenine e Max de Castro, a sociedade tem o costume de assassinar músicas indefesas com aliterações e metáforas metidas a besta. Com o objetivo de espalhar o caos e letras sem sentido, a sociedade teria se inspirado em Djavan para criar um gênero musical em que a pretensão e o uso aleatório de palavras supostamente exóticas têm mais valor do que a poesia honesta. Eles teriam assassinado Vinicius de Moraes com uma dose de uísque envenenado.

Caçado por críticos baba-ovos, fãs ensandecidos e o fantasma de Wally Salomão, Robert tem apenas 24 horas para decifrar o enigma antes que Gilberto Gil lance um novo disco e dê início a mais uma geração de cantoras-revelação e cópias pioradas do Otto. A aventura o leva a enfrentar desafios terríveis, como uma entrevista com Amaury Jr e uma luta homem-a-homem com o guarda-costas de Caetano, a terrível “Paulinha”.

Robert conta com a ajuda de Maria Carolina. Surge a possibilidade de um romance, mas o personagem se frustra ao saber que a cantora está mais para Zélia Duncan do que para Elis Regina. Depois de escapar de resenhas de vinhos feitas por Ed Motta e dos gritos de Edson Cordeiro, o pesquisador conclui que, bem, é isso aí mesmo, “Açaí, guardiã/ zum de besouro/ um imã.”
Vai ser um sucesso. Ou não.
PS: os links da matéria trazem pistas adicionais que podem ser importantes para a compreensão do texto. Ou apenas provam que o autor do blog está perdendo tempo no Google.

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quarta-feira, fevereiro 03, 2010

SÃO PAULO, UMA VERDADEIRA VENEZA, MAS DE LAMA

Quem já leu a Bíblia (ok, deve ter gente que me chama de desalmado, mas eu li, sim) deve se lembrar do arco-íris que surgiu para Noé como sinal de que o mundo jamais seria destruído novamente pela água. Se Noé vivesse em São Paulo talvez já estivesse duvidando do pacto. São Paulo finalmente vai ter um atrativo turístico: vai ser a Veneza tropical. Pombos e cheiro de esgoto a gente já tem.

A chuva incessante talvez seja mesmo um castigo divino. Sodoma e Gomorra foram devastadas por uma chuva de enxofre, como punição pelas barbaridades que o povo de lá cometia. Quem conhece São Paulo sabe que a cidade já tem motivos de sobra para ser devastada pela ira divina. Minhocão, carnaval paulista e Rita Lee já seriam suficientes para nos condenar. E Lama, chuva e Kassab são um bom castigo para nós.

É o que dá a paulistada votar em um prefeito cujo maior "projeto" foi livrar a cidade dos outdoors e luminosos. O problema é que fica difícil ver a “limpeza” quando tudo está debaixo de água e terra.

Para os mais reaças, a chuva pode ser vista como uma forma de mostrar aos favelados que materialismo é para quem pode, não para quem quer. Não vale a pena usar o crediário infinito das Casas Bahia para comprar geladeira e sofá se um dia a natureza há de levar embora.

Resta aos paulistanos a esperança de burlar as leis da física que regem fenômenos como “flutuação”, já que as leis (qualquer uma) por aqui são fictícias. E existe mesmo um jeito: basta virar malufista ou pagodeiro. Afinal, cocô não afunda, certo?

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