Ok, Amy Winehouse morreu. Quer saber o que eu acho dela? Leia esse post aqui. De resto, mais triste que a morte é a cobertura do assunto. Conservadores de plantão e apologistas da droga se debatem para ver quem tem mais direito de usar a falecida como mártir de suas causas.
De um lado, aquele povo que "precisa" alertar a juventude sobre os descaminhos dessa gente doida da música pop, com suas drogas, etc. Mas Keith Richards e Ozzy estão aí para dizer que os que morreram cedo fizeram, no mínimo, algo de errado – eu jamais gostaria de ser um zumbi balbuciante como o Ozzy, mas que ele esta vivo, esta.
Do outro lado, um povo afirmando que Amy tinha um estilo de vida próprio e que sua morte não tem nada a ver com droga. Só se esquecem de analisar o fato simples: morrer não é opção de ninguém. Amy não tinha “um estilo de vida” Tinha um problema de saúde.
Ninguém tem que dar opinião sobre Amy. Ela morreu, não aguentou o tranco. Ponto. Chamem os psicólogos para analisar o caso, mas evitem dar chutes para criar “lições” de vida ou moral. A livraria tá cheio e livros de auto-ajuda idiotas com esse tipo de material.
Na verdade, o pior mesmo é ver jornais e sites abrindo espaço para publicar os comentários de “celebridades”. A Folha de São Paulo trouxe pitacos de Pity e Preta Gil. Vejam só como estamos: usam a Pity como referência de “artista rebelde” e Preta como exemplo de “cantora”. Céus, se Jim Carrey morrer quem vai comentar? Bruno Mazeo e Didi?
Tem gente mais podreira e escrota que a Amy que está cantando de profeta. Menos hipocrisia e sermão, por favor.
Lembrando: Mozart e Beethoven também eram da pá virada. Se não eram overdoses ambulantes como Amy, também nunca foram as pessoas mais sãs do mundo. Vão usá-los como exemplo de moral, também?
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